domingo, 29 de março de 2015

Identificar o momento de desistir e redirecionar

Não importa o quanto tenha planejado, o tempo que tenha estudado, alguns aspectos do objetivo almejado voce possivelmente só descobrirá na prática e é aí que faz a diferença saber redefinir e, se necessário, redirecionar.


Eu sempre tive comigo que não queria viver no Brasil, talvez por não concordar com diversos aspectos da cultura brasileira, talvez por influencia exagerada da mídia internacional desde bem pequeno (filmes, séries, esportes, etc) e quando mais novo planejava morar nos USA. Uns 20 anos atrás cheguei a tentar tirar o visto americano, mas fui extremamente mal-orientado e não consegui, depois disso e com advento da internet estudei melhor como seria a vida por lá e conheci algumas pessoas em forums online, com isso desanimei e desisti de vez.

Então fui morar em Floripa e lá nasceu a vontade de vir para a Austrália, um país tambem de língua inglesa, mas com clima mais agradável que Reino Unido (aqui o clima é similar ao de Floripa, como eu imaginava) e cultura de certa forma mais educada e avançada que a americana.
Outro fator determinante na escolha foi saber que na Australia é muito mais fácil conseguir visto que nos USA, lugar onde aparentemente voce só ganha visto de permanência se casar com algum(a) americano(a), de acordo com as pessoas que conheço e que vivem lá.

E é aí que as coisas começaram a complicar...


Sim, as leis de imigração aqui são muito mais inclusivas que as leis americanas, mas talvez por isso mesmo essas leis são levadas bem mais a sério!
Enquanto nos USA já é difícil conseguir visto de turismo e quase impossível visto de trabalho ou permanência, uma vez que a pessoa entre no país só sai de lá se quiser ou se alguém denunciar, caso contrário fica ilegal até o fim de seus dias. E consegue trabalho, consegue estudar, consegue viver e fazer parte da comunidade como se fosse de lá.

Já na Austrália é muito mais fácil conseguir visto, o de turismo voce consegue online e em menos de 2 semanas, de estudo demora um pouco mais e trabalho idem, desde que seja uma profissão requisitada por aqui (nas notícias recentes vi que estão convidando pedreiros para cá, que estão em falta).
Pra casar e conseguir o visto então é extremamente fácil, basicamente basta morar junto por 3 meses, pedir o visto e ser avaliado por 6 meses, só isso!

Mas apesar de conseguir o visto ser muito mais fácil que nos USA, para ficar aqui sem o visto correto é quase impossível tamanha a seriedade que eles encaram essas leis, então conseguir trabalho ou mesmo estudo sem o visto adequado é algo difícil de acontecer.
Pra piorar ainda mais, as indústrias de mineração estão fechando (não sei ao certo o motivo, parece que tem algo a ver com o governo) e a previsão é de taxas altíssimas de desemprego até o final do ano!

Assim sendo e antes que a grana acabe, me vejo na situação de que se não conseguir nenhum emprego nas próximas 2 semanas serei obrigado a desistir de tentar a vida aqui, infelizmente.

Por outro lado, ainda não é o fim!


Me parece que na Nova Zelândia estão precisando muito de profissionais para as mais diversas funções a ponto de facilitarem bastante pra conseguir visto de trabalho. De fato, fiquei ciente disso no decorrer desta última semana e em menos de 2 dias mandando currículos já recebi 2 respostas ainda que tenha deixado claro em meu e-mail que estou na Austrália, fora da Nova Zelandia portanto.

Ainda não foi nada conclusivo, precisaria preencher alguns documentos que só enviei a eles nesta sexta-feira passada, mas levando-se em conta que estou há 2 meses mandando curriculos na Austrália e a única entrevista para qual fui chamado não era para a função anunciada (tá pensando que só tem enrolação no Brasil?), a Nova Zelandia oferece uma perspectiva ótima!

Aguardemos o desenrolar dos próximos capítulos. Dedos cruzados...