sábado, 15 de agosto de 2009

Um Conto de Sonho Forense




Era um ambiente meio Admirável Mundo Novo, 1984, V de Vingança, uma civilização nesses moldes aí. 
Eu, o Pato e uma morena (acho que a mulher dele, sei lá) fomos incriminados de alguma coisa e tínhamos que invadir algo como a Central desse governo maluco pra poder conseguir as infos que éramos inocentes. Então eu usei meus contatos (e eu lá tenho isso?) e montamos uma equipe sendo nós 3 mais uma loira (acho que era a MuléMá, só que loira) e mais um moleque meio mameluco, meio hacker (de repente o VCGay Ianomami, mas hacker..?).

As mulheres conseguiram empregos normais pra se infiltrarem, a MuléMá num setor agropecuário, a Dária num setor meio que de segurança do prédio. Eu fiquei meio que de coordenador ativo da bagaça com um smartphone fodasso num lance parecido com o vilão do filme Ponto de Vista (porra, o sonho era meu eu que tinha que ser o fodão né hehehe), o VCGay coordenando pela net (num lance com uns 3 laptops, numas de pegar mapas, dizer quem estava chegando nos corredores pelas imagens hackeadas dos sistema de segurança do prédio e blablabla) e o Pato foi fazer uma excursão turística pelo edifício, pra pegar feeling do local (o Pato era o "malandrão" da história, que dava jeitinho em td).

Todo mundo se comunicando via rádio, mas num lance tão hightech que ninguém notava, só o meu que era mais visível por causa do smartphone e talz (de novo num lance parecido com o filme Ponto de Vista). A MuléMá conseguiu passar pro Pato um minidisc com infos do setor dela e outro adjacente (ninguém nunca saca o que a gente faz, somos todos fodões no sonho), a Dária tb passou um minidisc sobre um lance mais básico da segurança da bagaça e o Pato mesmo deu um jeito de afanar um crachá (os crachás eram no estilo dos policiais do V de Vingança) de uma moça lá, o que nos garantia o acesso de 3, faltava eu.

Eu, fodão, usei o sistema estilo Matrix do VCGay e fodamente demorado hackeei a bagaça pra conseguir um crachá tb da segurança, mas mais fodão, algo como um sargento ou sei lá. 
Isso me deu acesso livre pra entrar no edifício, mas pra central das informações, não. Mas aí consegui "esbarrar" num coronel nos corredores e troquei meu crachá pelo dele.

Noite do último dia que poderíamos alterar as infos do sistema, tínhamos pouquíssimo tempo. 
Dária assumiu o turno da noite, MuléMá inventou uma inspeção no setor dela, Pato entrou com o crachá roubado (ninguém "pegou" que era crachá de mulher pq quem estava cuidando dos acessos era a Dária), eu entrei na moral tb e o VCGay lá no buraco dele, mantendo td mundo em contato via rádio.

Mas aí fodeu, meu acesso não era válido no lugar das infos durante a noite e o alarme iria soar em segundos se eu não digitasse alguma coisa na bagaça lá. Contato com VCGay, pluguei meu smartphone na bagaça e juntos conseguimos burlar o alarme e ainda me garantir o acesso às infos. Passei os minidiscs pra MuléMá, que conseguiu passar pro Pato e td mundo saiu dali separado. Lá fora peguei os minidiscs de volta e a participação mais ativa do VCGay e MuléMá acabam aqui.

Mas a gente não sabia em qual minidisc estavam as infos que precisávamos pra livrar a cara e, Pato dirigindo (correndo) num Mercedes fodasso, Dária no banco de trás e eu no do acompanhante, verificando os minidiscs no smartphone pra tentar encontrar o que precisava. Não achei, mas a gente tinha chegado no ponto de encontro com a chantagista que era quem alteraria as infos (era uma ex-namorada, pqp) e eu tinha que entregar alguma coisa, o tempo estava correndo!! Entreguei o último minidisc do lote, que eu não tive tempo de olhar direito mas se as infos não estavam nos outros, portanto...

E dali nós 3 fomos pra um bar estilo aquele Bar do Alemão em Ctba, mas com mesinhas redondas e luzes tipo spot em cima de cada mesa de forma que via-se as mesas mas só relances das pessoas. 
Começamos a beber pra tentar relaxar, fomos colocando os restos da operação na mesa (minidiscs, crachás, etc) e eu de olho no tempo pq já tinha passado alguns minutos do deadline pra alteração da bagaça lá.

Já começando a relaxar (se não deu nada até agora é pq tá td certo) comecei a relembrar toda a operação em flashback e, divagando, fui olhando a nossa volta, prestando mais atenção nas pessoas do bar. 
Comecei a notar que estavam todos agindo meio estranho, algo não parecia normal, eles não pareciam estar ali pra se divertir. Aí notei a bota de um deles: militar! Olhei outro, idem!! 
No flashback que tava rolando em minha mente fui lembrando que a maioria dos minidiscs estavam vazios e td foi começando a se encaixar:

Nunca houve nada contra nós até então, toda a operação foi justamente o que nos incriminaria! 
E o feed das cameras de segurança que estava sendo burlado pelo VCGay pra gente não ser identificado e talz tb estava sendo transmitido codificado pra outro lugar, que como a gente (os fodões) não conseguiu descodificar pq o código era mt fodasso e não era alguém do governo recebendo, assumimos o risco de que ninguém decodificaria. 
Mas o lugar pra onde estava sendo transmitido era o laptop da chantagista e, pelo conteúdo dos minidiscs que consegui olhar, deduzi que o que ela precisava era justamente o minidisc com o software pra decodificar o feed com as imagens que nos encriminaria!

Exatamente ao mesmo tempo que cheguei a essa conclusão em flashback os militares começaram a se levantar, eu vendo td em câmera lenta, VCGay e MuléMá já mortos atrás do balcão e armas sendo engatilhadas e apontadas para nós, que nem tivemos tempo de reagir. 
Só tive tempo de pensar: "maldita filha-da-p**a!!"
E acordei!